Fapitec realiza palestra sobre carcinicultura e suas potencialidades em Sergipe

O estado de Sergipe será em dez anos um dos maiores produtores de camarão do país, a afirmação foi feita pelo engenheiro de pesca e ex-presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar Rocha, durante a sua palestra sobre a criação marinha de camarão (carcinicultura): realidade mundial e oportunidades para o Brasil e Sergipe. O evento foi organizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec) ocorreu na tarde desta segunda-feira, 17, no auditório da Faculdade Pio Décimo. De acordo Itamar Rocha, a qualidade do carcinicultor sergipano e a área territorial do estado com 200 km de costa, se somando com a instalação de empresas que forneçam a matéria-prima e tecnologias poderão levar Sergipe a ser um dos maiores produtores de camarão do país.

“Além da palestra de hoje, vou apresentar ao secretário de estado do desenvolvimento econômico e da ciência e tecnologia, um plano de desenvolvimento da carcinicultura no estado de Sergipe, que inclui cursos de capacitação para os produtores; realização de um senso para saber a realidade e onde se localiza cada criador e criar os meios de atrair tecnologias”, informou o engenheiro de pesca.

Para o diretor-presidente da Fapitec, Heriberto Vieira, o objetivo da palestra sobre a carcinicultura foi despertar uma visão empreendedora da criação de camarão nos estudantes de medicina veterinária, biologia, engenharia de pesca e demais presentes no evento.

“Esperamos que estes acadêmicos ao concluir seus cursos, possam trilhar pela área da carcinicultura, e que a gente possa pegar esse material humano altamente especializado, e levar para o setor produtivo, porque gerando conhecimento, vamos gerar produção e consequentemente riquezas para nosso estado”, acrescentou Heriberto Vieira.

Segundo o estudante de engenharia de pesca da Faculdade Pio Décimo, Alexander Vicson, a palestra mostrou os meios de produzir o camarão sem impactar tanto o meio ambiente e a opção do cultivo deste crustáceo em água doce.

“Eu pretendo futuramente trabalhar com o camarão em água doce, especificamente na cidade de Orós no Ceará onde tenho parentes, a localidade possui um dos maiores açudes de água doce do país, e não tem atividade de carcinicultura”, informou o estudante. A criação de camarão foi regulamentada pela lei estadual nº 8327 de 04/12/17, que reconhece a atividade como sendo agrossilvipastoril, de relevante interesse social e econômico, estabelecendo as condições para o desenvolvimento sustentável no estado de Sergipe.

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Última atualização: 9 de março de 2021 09:00.

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