Alunos da rede estadual desenvolvem pesquisa sobre o cultivo do camarão em Nossa Senhora do Socorro

O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Pibicjr), da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec) contemplou com duas bolsas o projeto que analisa criação de camarão (carcinicultura) e os processos que envolvem as relações de trabalho e o meio ambiente. A pesquisa é desenvolvida por 03 alunos do 2º ano do ensino médio juntamente com professores do Centro Estadual de Excelência Deputado Jonas Amaral, localizado no complexo Taiçoca,em Nossa Senhora do Socorro.

O Camarão é um produto que possui grande valor comercial e gastronômico em Sergipe, e a atividade tem atraído o interesse de produtores no município de Nossa Senhora do Socorro. Em 2017 a Assembleia Legislativa de Sergipe aprovou a lei nº 8.327 que define a carcinicultura como atividade agrossilvipastoril, de relevante interesse social e econômico, estabelecendo as condições para o seu desenvolvimento sustentável.

De acordo com a pesquisadora e professora de sociologia, Agrimária Nascimento Matos, a ideia do projeto surgiu por meio de atividades escolares que estudavam a história do município e suas características econômicas e sociais, onde foi observado com destaque o crescimento da criação de camarão no complexo Taiçoca, em Nossa Senhora do Socorro. Ainda de acordo com professora, o objetivo da pesquisa é estudar essa atividade econômica como geração de renda e seus possíveis os impactos ambientais.

Nós começamos fazendo um levantamento teórico das pesquisas que já haviam sido feitas sobre a criação do camarão, a coleta de dados na Secretaria de Agricultura Irrigação e Pesca e Secretaria Municipal de Meio Ambiente, banco de dados de pesquisas da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e entrevistas com produtores do camarão” explicou a pesquisadora.

Para um dos bolsistas Fapitec, Erinaldo José Santana, 17 anos, a experiência de participar deste projeto é importante porque proporciona que ele conheça a forma técnica da criação do camarão e a relação dos criadores com o meio ambiente. Erinaldo passou parte da infância brincando nos viveiros deste crustáceo onde o pai fazia o cultivo.

“Antes eu brincava nos locais de cultivo, agora com a oportunidade de ser pesquisador, o contato com a carcinicultura é diferente, realizo entrevistas com os criadores, conheço as tecnologias e produtos químicos utilizados na criação e vejo também como o cultivo modifica o ambiente” disse o pesquisador.

Ao final da pesquisa será feito um feito um artigo científico e uma cartilha para difundir os conhecimentos. O projeto foi iniciado em maio de 2018 com previsão de término para abril deste ano.

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Última atualização: 9 de março de 2021 08:41.

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