A Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), por meio de Carta Acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), auxiliará na viabilização de um projeto que é de extrema importância para área da saúde e, consequentemente, para vida da população brasileira. Trata-se de uma pesquisa que atualizará as orientações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), um programa que emite recomendações para todo país, referente à vigilância alimentar e nutricional, em todas as unidades básicas de saúde do Brasil.
O projeto é coordenado pela nutricionista e professora doutora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Andhressa Fagundes, que possui um histórico de sete anos de atuação no Ministério da Saúde, em Brasília, e uma experiência que a tornou referência para liderar a atualização do Sisvan, junto ao seu grupo de pesquisa.
De acordo com a pesquisadora, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional foi reformulado em 2003, e periodicamente é atualizado. Apesar de sua importância para o conhecimento nacional das condições nutricionais da população, os estudos realizados mostram que os dados do programa ainda são pouco alimentados, e o sistema acaba não sendo usado em sua potencialidade total.
Segundo Andhressa, esse é um dos principais objetivos do projeto: realizar cursos à distância e materiais de divulgação para estimular e sensibilizar os profissionais de saúde quanto à necessidade da alimentação do sistema. A proposta é que qualquer pessoa que vá a uma unidade de saúde tenha seus dados [peso, altura, etc.] coletados e registrados no sistema. “Se isso for realizado corretamente em todo país, teremos as informações sobre a prevalência de obesidade e de desnutrição de todas as fases do curso da vida das pessoas, o que torna mais fácil a criação de o direcionamento de políticas públicas para a população”, explica.
Os resultados visam a melhoria na adesão e cobertura do Sisvan. “Esse material será usado por todo Brasil. Essa é importância desse projeto. Teremos um panorama mais atualizado e descentralizado das informações nutricionais e alimentares dos brasileiros”, completa Andhressa Fagundes.
A coordenadora do Programa de Apoio e Fomento à Ciência e Tecnologia (Proaf/Fapitec), Flávia Angélica, reforça que este é um projeto de cunho nacional, que faz parte das políticas públicas do Ministério da Saúde e ter ele confiado ao estado de Sergipe é uma grande honra. Ela acrescenta que a formalização da Carta Acordo, firmada entre a Fapitec/SE e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), é um marco para a Fundação e representa um novo campo de oportunidades para o financiamento de pesquisas científicas. “Só podemos agradecer a confiança da pesquisadora Andhressa Fagundes, que é a coordenadora do projeto e que escolheu a Fapitec//SE para ser beneficiária do Acordo”, pontua.