SOS Maria da Penha é financiado pelo Edital Tecnova II, da Fapitec

No ano em que completa 15 anos de sua sanção, a Lei Maria da Penha ganha mais força em Sergipe por meio de um projeto selecionado pelo Governo do Estado, através da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec). O Projeto ‘SOS Maria da Penha’ foi um dos contemplados pelo Programa de Apoio à Inovação em Empresas Brasileiras (Tecnova II) e neste primeiro semestre já recebeu a primeira das quatro parcelas dos recursos que servirão como incentivo para sua expansão.
O projeto iniciou-se a partir de discussões do núcleo de inovação da empresa 3Tecnos Tecnologia, onde foi levantada a discussão sobre o crime de violência contra a mulher. “O SOS Maria da Penha surgiu a partir de uma conversa informal com gestores de diversos municípios, que sempre indagavam sobre uma solução para mapeamento das vítimas atendidas por medidas protetivas. Mas fomos além, apenas mapear as vítimas não resolvia o problema, era necessário agir proativamente contra os agressores”, afirma o responsável pelo projeto, Rogério Cardoso.
Atualmente o fluxo padrão de um atendimento a uma possível agressão é a ligação para uma central, informação do endereço, acionamento da viatura mais próxima via rádio/telefone e deslocamento para o local da ocorrência. “A proatividade que o SOS Maria da Penha se propõe a ter é de encurtar esse tempo de atendimento para um acionamento mais rápido e silencioso, onde, através de um botão de pânico no aplicativo, uma central é acionada com todas as informações da vítima, do possível agressor e da localização do fato. A partir daí a viatura mais próxima é localizada e acionada com todas essas informações para que possa chegar mais rápido ao local e impedir que a mulher assistida vire apenas mais um número dentro de uma estatística brutal”, explica Rogério.
Pensando em contar com um programa que apoiasse um projeto com essa magnitude, a equipe decidiu captar recursos para que as contratações fossem viabilizadas. “Nessa procura, fomos pesquisar sobre os editais disponíveis da Fapitec, que, como sabemos, tem incutido em sua cultura apoiar projetos de inovação. Foi aí que descobrimos que o edital do Tecnova poderia impulsionar e acelerar o SOS Maria da Penha”, completa.
O trabalho, que já estava em andamento por uma equipe de dois desenvolvedores e um analista de projetos, atualmente conta com oito pessoas. Com isso, a previsão é que em maio de 2022 a solução esteja 100% pronta para atender a demanda dos municípios. “O cronograma de execução consiste em uma fase de dois meses de planejamento e distribuição das tarefas para equipe, oito meses para desenvolvimento completo da solução e mais dois meses para iniciarmos os primeiros testes em conjunto com os poderes municipais”, ressalta Rogério Cardoso.
Incentivado pelo Governo do Estado, Rogério salienta que o Programa de Apoio à Inovação em Empresas Brasileiras foi o divisor de águas para que o SOS Maria da Penha ganhasse força. “Por meio deste incentivo do Governo, através do TECNOVA, salvaremos vidas, agindo proativamente na defesa de vítimas que, até então, seriam apenas parte de uma estatística cruel e injusta”, conclui.
“O Governo do Estado de Sergipe e a Fapitec ficam muito felizes com os resultados parciais apresentados até o momento pelas empresas aprovadas no edital Tecnova II. Essas empresas, por estarem em um nível de maturidade mais elevado, apresentam projetos muito competentes com soluções que, com certeza, engrandecerão o estado de Sergipe. Parabenizamos pelo trabalho feito até agora e desejamos sucesso na continuidade das ações”, celebra o diretor presidente da Fapitec, Ronaldo Guimarães.
Tecnova II
O edital Tecnova II busca estimular as atividades de inovação e incrementar a competitividade entre empresas no cenário pós-pandemia. A seleção contempla empresas brasileiras com sede em Sergipe e faturamento anual de até R$ 16 milhões. As empresas autoras das propostas selecionadas e contratadas terão acesso ao suporte técnico da Fapitec para auxiliar na execução dos projetos. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT/FINEP) é responsável pelo financiamento do programa, que inclui um aporte global de R$ 2 milhões.